segunda-feira, 17 de março de 2008

SIDA

Na semana do patrono da nossa escola, tivemos oportunidade de ter uma palestra com o Sr. Sérgio Luís da instituição ABRAÇO. O objectivo da palestra era alertar para ignorância da população acerca do HIV e, assim, promover uma atitude inovadora e com espírito lutador contra esta doença. Muitos mitos foram desvendados, muita informação útil foi aprendida pelos alunos que estiveram presentes e, assim, não quisemos deixar os demais fora deste tema. Assim, vamos expor no blog breves conceitos e explicações muito úteis no nosso quotidiano, conforme apresentadas na palestra.

Mas afinal o que é a SIDA?
SIDA significa Síndroma de Imunodeficiência Adquirida e é causado pelo vírus HIV.
Normalmente uma pessoa é diagnosticada com SIDA quando a contagem das células T, como aqui explicado, é inferior a 200 (ou 14%), ou quando uma pessoa contrai uma ou mais infecções oportunistas. Infecções oportunistas (IOs) são aquelas que uma pessoa saudável normal conseguiria combater, como uma constipação. Mas, para uma pessoa seropositiva com um sistema imunitário debilitado, uma IO pode pô-la muito doente – e até mesmo ser-lhe fatal. Algumas das IOs mais comuns são:
PCP, uma infecção dos pulmões;
Sarcoma de Kaposi, um cancro da pele;
Candidíasese, uma infecção causada por um fungo;
Tuberculose (TB).
Algumas pessoas morrem pouco depois de terem contraído SIDA, ao passo que outras vivem durante muitos anos.

Transmissão

Qualquer pessoa pode contrair o HIV – ele não faz distinções.

O HIV vive nos fluidos do corpo da pessoa infectada – sangue, secreções vaginais, sémen e leite materno – e muitas vezes em concentrações elevadas. A transmissão pode ocorrer durante uma permuta destes fluidos.

As maiorias das pessoas são infectadas:

* Através do sexo não protegido (vaginal, anal ou oral) com uma pessoa infectada.
* Através da partilha de agulhas/seringas ao injectarem-se com drogas, ao usarem equipamento de tatuagem e piercing não limpo.
* Através da gravidez, do parto ou do aleitamento materno, quando a mãe é seropositiva.

Para te infectar, o HIV tem de entrar na tua corrente sanguínea. Isso significa que, se tiveres relações sexuais, e algum sangue do teu parceiro, sémen (incluindo fluido de pré-ejaculação), ou secreções vaginais entrarem em contacto com um corte ou uma fissura no revestimento da tua vagina, ânus ou boca, mesmo que sejam minúsculos ou invisíveis, corres o risco de seres infectado.

NÃO podes ser infectado pelo HIV através dos contactos sociais do quotidiano, como beijar, abraçar, tocar, espirrar, tossir, praticar desportos, partilhar talheres, ou partilhar uma casa de banho com uma pessoa infectada. Não existem casos documentados de transmissão através da saliva, suor ou lágrimas. O HIV também não é transmitido por mosquitos, pulgas e outros insectos que piquem.




Fazer o teste
É uma ideia assustadora, mas fazer o teste é a única maneira de conheceres a tua situação quanto ao vírus HIV.
Nada pior do que andar preocupado – se houver uma possibilidade de o resultado ser positivo, faz o teste. Se o resultado for negativo, óptimo. Se o resultado for positivo, então pelo menos ficas a saber e podes fazer alterações ao teu estilo de vida e possivelmente começar a receber o tratamento certo para abrandar o vírus. Provavelmente continuarás a viver uma vida longa.
Pensa seriamente em fazer o teste, se:
* tiveste uma relação sexual (vaginal, oral, ou anal) sem preservativo ou barreira de látex (quadrado de látex ou poliuretano fino para sexo oral).
* vieste a saber que o teu parceiro não é monógamo (teve sexo com outro parceiro).
* foste vítima de violação
* o preservativo se rompeu durante a relação sexual.
* partilhaste agulhas ou seringas, ou descobriste que um parceiro partilha agulhas.
* tiveste vários parceiros sexuais
* descobriste que um parceiro esteve exposto ao HIV ou vieste a saber que um parceiro antigo ou actual é seropositivo.* te foi diagnosticada outra doença sexualmente transmissível (DST).

Como funciona o Teste
Num teste HIV, o laboratório procura no teu sangue anticorpos que o teu sistema imunitário produz para combater o vírus HIV. Embora estes anticorpos não consigam destruir o vírus, a sua presença no sangue pode ser usada para confirmar que foste infectado. Se o teste detectar estes anticorpos, então és seropositivo (HIV+).

Quando Fazer o Teste
A maioria dos testes ao sangue pode detectar a infecção pelo HIV dentro de três meses após a exposição inicial ao vírus, mas por vezes pode demorar até seis meses até que os anticorpos atinjam níveis detectáveis. Em regra é recomendado fazer um teste seis meses após a última possível exposição ao vírus. Se tiveres feito um teste pouco tempo após uma exposição ao vírus, deves fazer outro teste alguns meses depois para confirmar o resultado.

O que fazer a seguir?
Receber os resultados do teu teste ao HIV é um momento emocional e, qualquer que seja o resultado, tens de pensar sobre o que irás fazer a seguir.
Se o resultado for negativo, não deixes de continuar a proteger-te sempre. Se tiveres relações sexuais, certifica-te de que usas o preservativo correctamente e usa-o sempre. Se injectares drogas, usa sempre agulhas e seringas esterilizadas, e nunca partilhes o teu equipamento. Deves também fazer outro teste cerca de seis meses depois para confirmar o resultado negativo.
Se fores seropositivo, quanto mais cedo tomares medidas para proteger a tua saúde e a saúde dos que te rodeiam, melhor. Um tratamento médico e um estilo de vida saudável podem ajudar-te a permanecer bem. O tratamento adequado pode retardar os primeiros sintomas da SIDA e evitar algumas condições que colocam a vida em risco. Deves...
* Ir ao médico, mesmo que não te sintas doente. Se possível, vai a um médico com experiência no tratamento do HIV. Consultar alguém sobre as tuas opções de tratamento é um primeiro passo importante.
* Fazer um teste à tuberculose (TB). A TB muitas vezes acompanha o HIV – poderás já estar infectado com a TB sem o saberes. A TB é uma doença grave, mas pode ser tratada com sucesso quando detectada precocemente.
* Ser bom para o teu sistema imunitário. Fumar, beber demasiado álcool ou usar outras drogas por divertimento pode enfraquecer o teu sistema imunitário. Se precisares de ajuda para te libertares, fala com o teu médico sobre programas de tratamento para abuso de drogas.
* Procurar um sistema de apoio. Os desafios emocionais e físicos que te esperam podem ser difíceis, e ter alguém que compreenda aquilo por que estás a passar pode ser uma enorme ajuda. Informa-te junto do teu médico sobre organizações de aconselhamento e apoio.

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